A Graciosa e a Sua Música Folclórica

Folclore
Através das suas melodias e textos, a música folclórica encerra em si saberes dos nossos antepassados e transmite ensinamentos às gerações atuais, reforçando os seus laços identitários.
Cada território, cada região e no caso particular dos Açores, cada ilha, tem as suas particularidades na música folclórica.
A Graciosa tem, certamente, influências vindas dos povos do continente português e da Europa, aqueles que para cá foram enviados a povoar o arquipélago.
Muitas canções chegaram até hoje transmitidas de geração em geração, preservando-se não apenas a melodia, mas também o texto correspondente. Porém, sabemos que muitas foram as pequenas alterações melódicas e rítmicas sofridas ao longo dos anos. Poder-se-á afirmar, que a originalidade melódica e rítmica esteve sempre acautelada ao longo de todo este tempo, a ponto de aquilo que se houve cantar e tocar hoje, ser com quase total exatidão, o que se ouvia tocar e cantar outrora.
Este estilo de música, desempenha um papel importante nas festividades da comunidade local.
Em quase todas elas, há sempre um ou mais dias dedicados à música folclórica, mormente através de atuações daqueles que a praticam e são seus principais embaixadores – os Grupos Folclóricos.
A música folclórica não é apenas cultura, mas sobretudo, uma forma de conectar as pessoas ao seu passado, garantindo que os sons desse tempo longínquo continuam a chegar, com total fidelidade, às gerações atuais.
Foi nesta senda e com a preocupação de fixar para memória futura aquilo que são as modas novas e velhas do folclore graciosense, que em agosto de 2012, foi lançado pela Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, o livro intitulado “Cantigas da Minha Terra” da autoria de José Gabriel da Cunha Martins.
Texto: José Gabriel da Cunha Martins